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terça-feira, 15 de maio de 2007

Os bálcãs mandam lembranças - Continuação

(...) Confiar no simples fato de que esses conflitos não mais existem por não estarem aparentes ou ‘‘na mídia’’, permitindo que velhos erros se repitam é bastante problemático. É hora de darmos mais atenção a essa questão. A comunidade internacional precisa mover-se para assegurar que os problemas dos anos 90 não ressurjam e a imprensa precisa prestar mais atenção e esclarecer a população a respeito desse processo.
A imprensa e os historiadores precisam de um senso crítico mais aguçado e de um maior interesse pela realidade dos processos históricos mundiais (a chamada macro-historia) e suas conseqüências em diferentes prazos. Ao invés de discutirem se a história é marxista-comunista (doutrina zumbi, uma vez baseada no defunto denominado comunismo) ou se Chávez é ou não a representação do mito do bom nativo, em versão venezuelana, o índio que vem libertar o povo da miséria causada pelo branco (coitados dos que acreditam nisso, pois se perceberão imbecis em breve) devemos nos preocupar em erradicar o pensamento de que só por que algo está geograficamente distante, não é importante, relevante para nós.
O que se vê na história dos Bálcãs é um exemplo de comportamento humano que transcende limites nacionais e, tal qual o holocausto, é um exemplo histórico que deve ser sempre lembrado e avaliado, pensado das mais diversas formas e facetas, pois essa análise se revela imprescindível não para discursos de pacifismo (que definitivamente não me convencem), mas para a compreensão dos processos comuns a toda a humanidade e que podem ser trazidos para a realidade brasileira.
Esquecer é impossível, justificar o que ocorreu é loucura. Expor e dar atenção talvez seja uma solução para que Srebrenica não se repita.

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