Por uma outra história
Expressão da mudança. Instalação de Nova Ordem. Subversível pela Lei e pela Vontade de Poder, ou pelo Poder da Vontade. Versatilidade presa às amarras de metal. Nova proposta que gera novo espaço. De um mundo a outro, de um a outro. ''Boca doce de poeta, mão fria de carrasco.''
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sábado, 30 de outubro de 2010
Desfribilador!
domingo, 15 de março de 2009
Tempos de estruturação
quinta-feira, 5 de março de 2009
A volta, à obra.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Mensagem russa a despeito da independência unilateral do Kosovo
O Conselho da Câmara do Conselho da Federação e o Conselho da Duma Estatal da Assembleia Federal da Federação da Rússia expressam a sua extrema preocupação por ocasião de declaração por parte da província do Kosovo da sua independência e da sua retirada do território da Sérvia, violando as normas fundamentais do direito internacional, o espírito e a letra das resoluções vigentes e não cumpridas do Conselho da Segurança da ONU, em particular, da Resolução 1244 (1999).
O separatismo do Kosovo não tivesse nenhuma perspectiva se não fosse do início apoiado pelos estados ocidentais, em primeiro lugar pelos Estados Unidos da América. Na pratica é uma tentativa de destruir a correlação entre o direito e a força nas relações internacionais, de tornar estéril o significado das conversações como meio justo de regulação dos conflitos, de ignorar os interesses legítimos de uma das partes do conflito e silenciar as violações contínuas dos direitos humanos por principio da etnia.
A Sérvia é um Estado democrático, que existe nas fronteiras internacionalmente reconhecidas e é o membro da ONU. As acções de hoje visadas ao desmembramento do território deste pais, a soberania de qual sobre a província do Kosovo é reconhecida pelo Conselho da Segurança da ONU, não é possível explicar por nada senão a intenção de levar até ao fim a operação ilegítima dos Estados - membros da OTAN contra a ex-Jugoslávia em 1999. O direito das nações para a autodeterminação não pode se tornar em justificação do reconhecimento da independência do Kosovo com a recusa simultânea mesmo de discutir os actos similares dos outros Estados autoproclamados que alcançaram a sua independência de facto exclusivamente por seus próprios esforços.
O Conselho da Câmara do Conselho da Federação e o Conselho da Duma Estatal da Assembleia Federal da Federação da Rússia declaram que nomeadamente os dirigentes dos Estados-patracinadores do regime da Pristina e que apoiam hoje a independência do Kosovo tem a responsabilidade directa pela sabotagem de facto do processo negocial no qual a parte Sérvia manifestou o máximo da flexibilidade e a prontidão para o compromisso. Vão também ter toda a responsabilidade pela agudização inevitável dos conflitos territoriais existentes no mundo e pelo aparecimento dos novos, pela proliferação das ideias e correntes políticos radicais provocados pelo precedente do Kosovo, pelas consequências destrutivas para todo o sistema do direito internacional e estabilidade universal.
O Conselho da Câmara do Conselho da Federação e o Conselho da Duma Estatal da Assembleia Federal da Federação da Rússia chamam atenção à Resolução 1595 (2008) da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa que em nome de todas as nações da Europa fala da necessidade de “continuar as conversações na base da resolução 1244 do Conselho da Segurança da ONU (1999) e de tomar a decisão de compromisso no futuro mais próximo a fim de prevenir a transformação de Kosovo numa barrica de pólvora e finalmente num conflito congelado nas Balcãs”.
O Conselho da Câmara do Conselho da Federação e o Conselho da Duma Estatal da Assembleia Federal da Federação da Rússia compartilham inteiramente a posição do Fórum parlamentar da organização europeia mais representativa e estão a constatar que os lideres dos países que provocaram a ruptura do processo das conversações colocaram-se pelas suas acções contra os interesses dos povos da Europa.Enfrentando as grandes ameaças à estabilidade internacional e aos interesses da Rússia como o resultado duma política irresponsável dos Estados Ocidentais, as autoridades da Federação da Rússia devem recorrer às todas as medidas necessárias para proteger os princípios do direito internacional, justiça e segurança mundial.
O Conselho da Câmara do Conselho da Federação e o Conselho da Duma Estatal da Assembleia Federal da Federação da Rússia consideram impossível de reconhecer a província servia do Kosovo como um Estado soberano, a entrada do Kosovo na ONU e nas outras organizações internacionais fieis aos princípios fundamentais do direito internacional, e apelam aos autoridades da Federação da Rússia a recorrerem aos correspondentes esforços diplomáticos a fim de prevenir um tal desenvolvimento da situação.
Hoje em dia, tornando se a situação no Kosovo num precedente internacional, a Federação da Rússia nas suas abordagens aos conflitos territoriais deve tomar em conta o cenário do Kosovo e passos práticos dos outros países quanto ao estatuto de Kosovo.
O Conselho da Câmara do Conselho da Federação e o Conselho da Duma Estatal da Assembleia Federal da Federação da Rússia consideram que o reconhecimento do estatuto independente do Kosovo vai criar todas as premissas para elaboração dum formato novo das relações entre a Rússia e os países independentes autoproclamados na zona dos interesses essenciais da Rússia nomeadamente no espaço da antiga União Soviética.
Presidente da Duma Estatal
da Assembleia Federal da Federação da Rússia
Boris Gryzlov
Presidente do Conselho da Federação
da Assembleia Federal da Federação da Rússia
Serguei Mironov
domingo, 20 de janeiro de 2008
Nações e Nacionalismos - De 1989 aos nossos tempos
Gonçalo Capitão
Brincar aos mapas | |
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Paramilitares: Não me assusto mais
Nós com os alemão vamos se divertir
Por que no Dendê eu vou dizer como é que é
Aqui não tem mole nem pra DRE
Pra subir aqui no morro até a BOPE Treme
Não tem mole pro Exército, Civil nem pra PM
Eu Dou o maior conceito para os amigos meus
Mas morro do Dendê,Também é Terra de Deus
(...)
Pois bem. Esta semana eu estava em meio a uma pesquisa na popular enciclopédia on-line ''wikipedia'' e me deparei com estatísticas no mínimo instigantes (link sob o título). Numa tabela sobre a capacidade de mobilização militar dos países ao redor do globo há informações sobre o número de militares ativos e reservistas de cada país. Nada de novo até aí. China, Estados Unidos e Coréia do Norte lideram em número de tropas regulares.
Porém, o que mais me chamou a atenção foi o terceiro item da lista: Tropas paramilitares. Nesse quesito, surpreendeu-me ver os Estados Unidos com algumas dezenas de milhares de tropas irregulares. Vietnã também.
O interessante é constatar o Brasil na lista, onde ocupa a 10ª posição com alegados 285.000 paramilitares.
Esse termo, paramilitares, designa uma série de grupos com diferentes estratégias, intuitos e poderios.
Comecei o post com a já célebre música de dois MC's que mal existiam para o mundo ates do mega sucesso ''Tropa de Elite''. A música narra o quotidiano da favela quando se defronta com ''o único braço do Estado que sobe o morro'', (a polícia) e nomeia as armas que estão nas mãos dos traficantes.
Os paramilitares que a pesquisa se refere são os traficantes que fazem dos complexos de favelas das grandes cidades o seu refúgio, seu domínio. Mas não só eles.
Hoje, 10/12, numa reportagem casual lembrou-me o caso Dorothy Stang, assassinada por grileiros.
Grileiros, traficantes e mesmo os nossos nativos representam o número vergonhosamente nosso na internet. Índios (paramilitares?) mantém reféns, matam grileiros em confrontos, fazem sequestros. Nossos bons e inocentes nativos, que em alguns pontos do país sustentam ostensivamente o retrato do ''salvador'' Evo Morales, uma clara afronta ao país.
Continuo pois, abismado com os rumos do Brasil e a alienação de grande parcela da população e mesmo da intelectualidade que não vêem a situação caótica que enfrentamos. E ainda se atrevem a chamar Evo e Chávez de ''bons homens e salvadores do povo latino-americano''.
Dia 10 de dezembro acaba o prazo de permanência da Kfor, a Força de Implementação da Paz para o Kosovo. É provável que haja violência sustentada por paramilitares sérvios e kosovares albaneses. Por que será que não me espanto?
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Divórcios
Quando Oz fala que a única alternativa para Israel e Palestina é o divórcio, nada amigável, tampouco satisfatório, mas necessário, o pesquisador expõe a tendência que passa a tomar conta da mentalidade européia no fim da primeira década do século XXI.
Recentemente crescem os rumores de uma separação até pouco tempo improvável entre as duas entidades culturais da Bélgica, a Valônia, francófona, e a região de Flandres de influência holandesa. Ambas as regiões foram aculturadas pelos belgas como parte de uma nação única.O presidente Yves Leterme apóia a proposta de cisão, e a população tem se manifestado favorávelmente.
No complicado barril de pólvora da região mediterrânea, não bastassem os velhos problemas entre as antigas repúblicas iugolavas, a Turquia também contribui para dar à UE mais dor de cabeça. Os turcos, após intenso debate em torno da questão da secularização e do papel do país frente aos muçulmanos e à União Européia, se preocupam mais com seu lado oriental. Expulsar a minoria curda que ocupa o leste do país e planeja se utilizar desse naco da Turquia para construir seu próprio Estado parece ter se tornado prioridade. Os combates se intensificam e os curdos instabilzam a região, além do Irã, que nesta semana começou a ter problemas mais sérios com rebeldes curdos em sua fronteira. Porém, essa atitude não só atrapalha as relações do país com os EUA (pois a ofensiva turca tornaria instável o já frágil equilíbrio de forças políticas do Iraque), como também dificultaria as relações com os países que representa junto à OTAN no mediterrâneo.
Esse é outro divórcio bastante problemático. Se arrasta há mais de uma década e parece não encontrar um fim satisfatório para as partes envolvidas. Hoje se reúnem as autoridades da Sérvia e do Kosovo para, ao menos, encenarem a tentativa de estabilizar a situação iniciada nos anos 90. Já se diz que não haverá acordo. Em dezembro encerra-se o prazo para a resolução do caso.
O divórcio da Iugoslávia já rendeu em torno de quinze republiquetas que só agora, dez anos após as encarniçaadas guerras que deixaram centenas de milhares de mortos, começam a se estruturar. E caso haja mesmo a guerra que se prevê no Kosovo, a instabilidade da região poderá fazer surgir os sentimentos dos sérvios bósnios que procuram independência total em relação à Federação, e a província de Vojvodina, que há tempos tensiona as relações entre Belgrado e Budapeste.
Ainda há que se lembrar o processo movido pelo governo espanhol contra os líderes do movimento independentista basco na Espanha. Essa situação põe em risco também a paz na Europa do Oeste, que há tempos regozija-se da prosperidade da UE. A Espanha ameaça suprimir os direitos da minoria basca, começando por ''caçar'' seu sustentáculo político e limitar as autonomias da região.
São situações previstas desde o começo da década pelos analistas políticos, e que agora se confirmam num meio que tende cada vez mais ao conservadorismo e à intolerância, regredindo o processo iniciado há anos que visava admitir na Europa todas as culturas.
Divórcio em tempos de paz e guerras em nome da paz nos divórcios. É a previsão para um futuro muito próximo.